A Presidente da Associação Pro Autismo de Orleans (APA), Regiane Volpato esteve na Sessão do Legislativo nesta Segunda-feira (11), onde relatou os problemas que a entidade vem enfrentando nos últimos oito meses.
Na oportunidade, ela comentou sobre a instituição séria e idônea que a dois anos vem se dedicando a promoção da inclusão e do atendimento de crianças com transtorno do aspecto autista. A APA oferece terapia de qualidade com profissionais qualificados. Atualmente a associação está instalada nas dependências do Centro Educacional Rui Pfützenreuter, onde ocupa duas salas para atendimentos.
Regiane Volpato relata que somente no mes passado cerca de 60 crinaças foram atendidas. “Agora em julho mesmo no período de férias escolares, realizamos 100 atendimentos de fonodiologo e 40 atendimentos de terapia ocupacional, atendendo ao todo 60 crianças, algumas das crianças estavam a dois anos na fila de espera aguardando por atendimento. ” Comenta. A APA funciona como um braço do poder executivo assim como a APAE explica.
Na oportunidade Regiane também comentou que a APA desde que ocupou o espaço cedido pelo município, vem enfrentando resistência e dificuldades por parte dos integrantes profissionais que atuam no mesmo espaço. ” Foram oito meses de situações desagradáveis criadas a partir de narrativas infundadas com o objetivo de denegrir a imagem da APA. E questionar a legalidade de algo que é legitimo e autorizado pelo município, enquanto o que nós queremos é apenas trabalhar e atender as crianças”, coloca ela.
Cito aqui alguns exemplos enfatiza “ Solicitações absurdas como cercar um espaço para impedir que uma criança altista tenha acesso ao jardim, porque a criança pode estragar o jardim. Que inclusão é essa? ” Pergunta. “Funcionários gritando em frente aos pais de crianças autistas, afirmando que o que estava acontecendo no espaço era ilegal e ilícito, sem apresentar prova alguma. Continuou ela, dizendo que a ainda que há discussão e narrativas de que o Centro Rui seria fechado.
Ela ainda relata que uma situação absurda aconteceu durante a semana de capacitação dos professores, onde uma mãe foi levar seu filho autista para a terapia e encontrou a porta fechada. Bateu no vidro pedindo para entrar, pois a criança estava desregulada, para quem não sabe, a desregulação no autista é uma crise comum, explica ela. No entanto “a funcionária pediu o que ela desejava. E então disse apenas “é lá atrás deixando a mãe e a criança na chuva”.
“ Mas infelizmente o episódio mais grave acontece hoje, quando uma vereadora foi até o Centro e invadiu a sala, interrompendo o momento da entrevista de uma mãe de autista e a terapeuta. A mãe de autista tem uma vida difícil e não precisa passar por este tipo de situação. Onde questionou a habilitação da profissional, afirmando que a mesma não tinha capacitação para o atendimento”. A presidente ainda frisa que a atitude constrangeu a mãe e a profissional e que feriu princípios básicos da ética e do respeito. Fiscalizar é um direito, mas não autoriza invadir o atendimento de forma desrespeitosa”, comenta ela.
A presidente ainda comenta que todos os profissionais que atendem no local são de extrema competência e capacitados, que inclusive são os mesmo que atendem inclusive o seu filho, na rede privada. Ela ainda conclui dizendo que faz questão de que todos as crianças que são atendidas na APA tenham o mesmo atendimento de qualidade, oferecido na rede privada.
Em desabafo, ela pede respeito a família, as crianças e profissionais que sempre estão fazendo o seu melhor. O espaço concedido a APA é fruto de uma decisão legitima do executivo e da secretaria de educação.
Ela encerra convidando os vereadores a irem ao local e conhecer os trabalhos ali desenvolvidos.
Você pode acompanhar as colocações também no vídeo em anexo: