28 março 2024 - 7:43

Piscicultores de Braço do Norte, São Ludgero e Grão Pará iniciam formação no Programa (ATeG)

Nova turma de piscicultores durante apresentação do programa em Braço do Norte

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) reuniu nesta semana piscicultores do Sul do Estado para apresentar a metodologia do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) que inicia a formação de nova turma na região.

O encontro foi realizado no Pesque e Pague Bloemer, em Braço do Norte, e reuniu 30 produtores do município e de São Ludgero e Grão Pará. Em parceria com o Sindicato Rural de Braço do Norte, os piscicultores iniciam a formação da primeira turma da assistência técnica e gerencial da cadeia no município no dia 5 de outubro. Ao todo, na região, a ATeG alcança 90 piscicultores atendidos pelo Senar/SC em três turmas (Braço do Norte, Armazém e Santa Rosa do Sul). O evento também contou com a presença de dirigentes da Associação de Piscicultores de Braço do Norte, do secretário da Agricultura do município, Adir Engel, do supervisor técnico do Senar, Jaison Buss, e do técnico de campo do programa, Juliano Teles.

De acordo com a supervisora do Senar na região Sul, Sueli Silveira Rosa, os produtores receberão assistência técnica e gerencial dos profissionais especializados durante dois anos para melhorarem produtividade, manejo, gestão e comercialização. O objetivo do programa é acompanhar a produção, auxiliar os piscicultores no trabalho de campo, além de orientá-los no gerenciamento das atividades e na gestão dos negócios.

“A cadeia vem crescendo muito na região. Já temos três turmas em formação e contamos com piscicultores muito bem articulados. A ATeG contribui no processo de fortalecimento, preparo técnico e gerenciamento da atividade”, destaca Sueli.

O presidente do Sindicato Rural de Braço do Norte, Edemar Della Giustina, ressalta que a piscicultura está conquistando espaço na região. “A produção de tilápias está crescendo e tem disputado território com as culturas de arroz e banana. A assistência técnica e gerencial chega para ampliar o número de produtores assistidos e fortalecer a cadeia”, projeta.

NO ESTADO

Em todo o Estado, segundo a coordenadora estadual do programa, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, a assistência técnica e gerencial tem alcançado resultados relevantes para a cadeia produtiva da piscicultura. A meta, segundo ela, é ampliar o atendimento com a formação de novos grupos no Estado.

“O programa acompanha de perto os produtores, capacitando-os sobre os diversos aspectos da cadeia, como manejo e instalação dos viveiros, análise e controle da qualidade da água, alimentação e crescimento dos peixes, além do planejamento gerencial das propriedades. São técnicas que qualificam a produção e melhoram a produtividade, por isso, queremos ampliar o alcance”, destaca Paula.

MERCADO

De acordo com dados da Síntese Anual da Agropecuária Catarinense 2018-2019, elaborada pela Epagri/Cepa, Santa Catarina é o terceiro maior produtor de tilápias do Brasil, ficando atrás do Paraná (123.000 toneladas) e de São Paulo (69.500 toneladas). O Estado produz 38.338 toneladas das 50.462 toneladas totais de peixes. A movimentação econômica da piscicultura na última safra alcançou R$ 244 milhões – R$ 177 milhões só de tilápias.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, destaca que o filé agrega valor à tilápia e gera maior rentabilidade aos piscicultores, o que explica a fatia maior do mercado à espécie. O peixe representa 55,4% da produção nacional e 6,67% da mundial, colocando o Brasil como quarto maior produtor de tilápias no mundo, com 400.280 toneladas.

O estímulo à produção técnica e a maior qualificação da atividade são para o dirigente as maiores contribuições do programa ATeG. “Não seríamos destaque sem o fortalecimento dos produtores, base de toda a cadeia. A assistência técnica e gerencial tem feito toda a diferença no desenvolvimento das propriedades e no desempenho social e econômico dos piscicultores”, enfatiza Pedrozo.

O superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antonio Zanluchi, afirma que o programa dá mais segurança aos produtores e fomenta o progresso econômico do setor no Estado. “O agronegócio é a principal atividade econômica catarinense e por isso é fundamental criarmos mecanismos que garantam maior produtividade e renda aos produtores e trabalhadores rurais. É isso que temos muito orgulho de dizer que a ATeG faz”.

Colaboração: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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