Quem visita a cidade de Grão Pará, nem imagina o quanto a cidade representou importância como sede de uma das mais importantes empresas de colonização do Estado, no final do Século 19.
Tudo começou com um dote de terras de 12 léguas quadradas, doadas pelo Imperador D. Pedro 2° à sua filha Princesa Isabel, que se casou se com Conde d’Eu (Luiz Felipe Maria Fernando Gastão de Orleans) em 1864.
Além de Grão Pará a gleba escolhida situava-se onde hoje abrange os municípios de São Ludgero, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, parte de Anitápolis, Armazém, São Martinho e São Bonifácio.
A colonizadora foi oficialmente instalada em Grão-Pará, em 2 de dezembro de 1882, tendo a sede levado tal nome em homenagem ao primogênito do casal real, D. Pedro de Orleans e Bragança, o Príncipe de Grão-Pará.
A Colônia Imperial Grão-Pará, foi a que recebeu a maior leva de imigrantes para a região sul de Santa Catarina. Teve seu funcionamento até 1942, quando seu lendário administrador, Etienne Stawiarski deixou a empresa, agrimensor formado em Paris, dirigiu a empresa por mais de 40 anos.
Em 20 de julho de 1958, Grão-Pará foi instalado, oficialmente, como Município. Privilegiado por ligar o Litoral Catarinense ao Planalto Serrana pela Serra do Corvo Branco, é um dos pontos turísticos mais bonitos da cidade e um dos lugares mais belos de Santa Catarina.
A fim de preservar sua história o município contará com a construção da “Casa Colônia Grão-Pará”, um espaço físico para receber os turistas e apresentar-lhes a história de Grão-Pará.
Além disso, o Município tenciona que esse mesmo espaço físico seja utilizado para realização de cursos, palestras, apresentações, ressaltando-se sempre a história nobre, imperial deste Município.
A Obra a ser implantada será próximo às ruínas da “Sede da empresa colonizadora Grão Pará”. O projeto será uma réplica da construção histórica, que também contará com a restauração da sua estrutura que conta com um poço d’água que fazia parte da empresa na época.
Por Ezani Alberton Ascari