26 julho 2024 - 9:31

Cidasc celebra 16 anos de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação

Santa Catarina se mantém como referência em saúde animal e defesa agropecuária

Uma das maiores conquistas da pecuária catarinense foi a histórica conquista do status de Área Livre de Aftosa sem Vacinação no estado. Santa Catarina se mantém como referência em saúde animal e defesa agropecuária. Nesta quinta-feira, 25 de maio, o Estado comemora 16 anos do reconhecimento internacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Cidasc celebra 16 anos de Zona Livre de Febre Aftosa sem VacinaçãoO Estado catarinense foi o primeiro a erradicar a doença no Brasil. Em 1952, após a criação da Secretaria da Agricultura em Santa Catarina e implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal, o Estado deu início ao combate à Febre Aftosa. A vacinação dos bovinos continuou até o ano 2000, onde a participação de vacinadores do “Programa Agulha Oficial” foi fundamental para que a doença não fosse mais identificada em propriedades de Santa Catarina. O último foco foi identificado em propriedades catarinenses no ano de 1991 e, em 1993, houve o registro oficial do último foco de Febre de Aftosa no Estado, em um abatedouro, em animais vindos de fora do nosso território.

O status sanitário diferenciado foi fundamental para que o Estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína de todo o país, além de abrir as portas para os mercados mais exigentes e competitivos do mundo. Assegura ao Estado, por exemplo, o primeiro lugar na exportação de carne suína entre todas as unidades da federação e diferenciais também para exportação de carne bovina.

Resultados

Desde a suspensão da vacina em Santa Catarina, o estado se consolidou como grande produtor e exportador de carnes, com acesso aos mercados mais exigentes do mundo. Atualmente, a produção catarinense é comercializada em mais de 150 países e os embarques de produtos de origem animal respondem por 38% de todo comércio internacional catarinense.

30 anos sem um foco da doença

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina ocorreu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007, representantes do Governo do Estado compareceram à 75ª Assembleia Geral da antiga OIE (hoje OMSA), realizada no período de 20 a 25 de maio de 2007, em Paris, para receber o certificado que fez do estado a única Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação do Brasil.

Para a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, a manutenção do status sanitário por 16 anos é resultado de ações importantes do Governo de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Agricultura, e do profissionalismo de todos os médicos veterinários e demais técnicos da companhia junto aos produtores rurais, além de entidades públicas e privadas ligadas ao setor produtivo. “O trabalho incansável realizado há décadas em Santa Catarina resultou na conquista do certificado internacional de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. É um marco que elevou o status sanitário do estado no mercado internacional. Sem dúvida estamos colhendo os frutos dessa conquista, um retorno muito positivo na sanidade e qualidade do rebanho, quanto para a comercialização dos produtos de origem animal”, comemora.

Manutenção do status sanitário

A Cidasc é o órgão oficial responsável pela defesa agropecuária em Santa Catarina, e empenha-se, diariamente, para que o status sanitário de excelência seja mantido, por meio de programas de sanidade animal, do serviço de inspeção de produtos de origem animal e da fiscalização agropecuária realizada nos 58 postos de fiscalização fixa, que a companhia mantém na fronteira com a Argentina e nas divisas estaduais, que funciona o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir um dos maiores patrimônios do Estado: a sanidade agropecuária de Santa Catarina. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

Cidasc celebra 16 anos de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação“A rastreabilidade é uma ferramenta poderosa para as ações em Defesa Sanitária Animal, com a possibilidade de identificarmos as movimentações dos animais de forma individualizada, podendo-se saber “por onde” cada animal passou e onde pode ter contraído ou “deixado” alguma doença. Todo esse processo traz resultados positivos, podemos aplicar ao controle das doenças, também vem se estabelecendo como importante fator na disputa por mercados, e, novamente Santa Catarina já está um passo à frente”, comenta Celles.

Em Santa Catarina não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados que não tenham o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Para que os produtores tragam bovinos, ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem, quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de Febre Aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que seja notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

Saiba mais sobre a Zona Livre de Febre Aftosa

A primeira Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação foi implantada em 1998 e envolveu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2000 e 2001, foram registradas reintrodução do vírus da Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, que decidiu pelo retorno da vacinação, já Santa Catarina reforçou a fiscalização nos Postos de Fiscalização Agropecuários, nas divisas e se manteve no propósito de erradicar a doença e não vacinar o rebanho. Em 2007, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu a Primeira Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação do país – o Estado de Santa Catarina, que se mantém até hoje.

O mês de maio, dedicado às ações de promoção da sanidade dos animais de produção, em Santa Catarina, e agora no Brasil, se deve muito ao marco da certificação da Febre Aftosa, em Santa Catarina. E da estrutura, que o governo mantém (profissionais, laboratórios, equipamentos especializados, postos fixos de fiscalização agropecuários, educação sanitária realizada nas escolas e nas universidades), que a Certificação de Zona Livre de Febre Aftosa seja mantida e os negócios da pecuária catarinense continuem prósperos e exemplares.

Sobre a OMSA

Organização Mundial de Saúde Animal, conhecida até agora como OMSA (devido a ter sido fundada em 1924 com o nome Office International des Épizooties), passou a assumir como acrônimo WOAH (de World Organisation for Animal Health).

Sobre a Cidasc

No dia 28 de fevereiro de 1979, o então governador do Estado de Santa Catarina, Antônio Carlos Konder Reis, sancionou a Lei n.º 5.516, que no Capítulo I, caput V do Artigo 52, incluía o nome da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). São 43 anos de existência em prol da defesa agropecuária catarinense.

A Cidasc nasceu com apenas quatro objetivos: fornecer, de forma complementar, insumos e bens de produção, prestar ações no sentido de amparar os mecanismos de abastecimento de produtos agrícolas, executar serviços de classificação de produtos de origem vegetal e promover outras ações de interesse do desenvolvimento agrícola. E atualmente, pode destacar muitas conquistas que marcaram a sua trajetória, entre elas, dois certificados internacionais, concedidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação e de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC). Status que possibilitaram aos produtos de origem animal catarinenses alcançarem os mercados mais exigentes do mundo em termos de sanidade animal.

Com o tempo também aumentaram as competências da Companhia, que passou a ser responsável por executar, entre outras ações, os serviços de defesa sanitária animal e vegetal, e assegurar a qualidade e a sanidade dos produtos de origem animal através do Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

Acompanhando o aumento das responsabilidades, a estrutura da Cidasc também cresceu, hoje com mil funcionários distribuídos por todo território catarinense atende 500 mil produtores rurais. É formada por um escritório central, situado em Florianópolis, conta com 19 Departamentos Regionais, duas unidades laboratoriais, um posto de classificação, e 58 Postos de Fiscalização Agropecuária localizados estrategicamente nas divisas com os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, e na fronteira com a Argentina.

Cidasc, há 43 anos executando ações de sanidade animal e vegetal, preservando a saúde pública, promovendo o agronegócio e o desenvolvimento sustentável de Santa Catarina.

Por Alessandra Carvalho: Assessoria de Comunicação – Cidasc

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