A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) confirmou sete casos positivos de raiva bovina na Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel). O primeiro caso aconteceu em Tubarão, no mês de abril, e depois outros seis foram registrados em Pedras Grandes.
Neste ano, estes são os primeiros casos registrados na região. Conforme a gestora regional de defesa agropecuária do departamento regional de Tubarão da Cidasc, Angela Zimmermann, as ocorrências acendem alerta aos pecuaristas, uma vez que a doença não tem cura e resulta na morte do animal.
“Ela atinge o sistema nervoso causando paralisia do músculo posterior em direção a cabeça. O primeiro caso clínico é a dificuldade de caminhar, com desequilíbrio na parte traseira e depois progredindo até que o animal caia e não levante mais”, explica.
Também é estritamente necessário que trabalhadores que tiveram contato com animais contaminados ou sob suspeita procurem orientação médica. Para seres humanos, o diagnóstico precoce pode evitar a morte uma vez que a pessoa passa pelo protocolo pós-exposição, com uso de medicamentos.
“Pode ser transmitido para humanos. Quando vamos em uma propriedade e o produtor está com animal sob suspeita, conversamos com ele pra ver se teve contato. Às vezes eles fazem medicação no animal, via oral, e têm contato com a saliva onde ocorre a transmissão. Se ele tiver contato, encaminhamos para um serviço de saúde para receber orientação e saber se precisa fazer algum tipo de tratamento. Se não buscar tratamento, a doença é fatal, principalmente depois que iniciarem os sintomas”, alerta a gestora.
A Cidasc tem feito atividades educacionais com trabalhadores do campo e também recomenda a vacinação em cães e gatos. Para animais domésticos, a recomendação em casos de suspeita é que as pessoas procurem auxílio da Vigilância Sanitária de seus respectivos municípios.
A raiva é uma doença viral e o principal transmissor é o morcego, que se alimenta do sangue de animais. Ao mordê-los, a saliva entra em contato com o sangue transmitindo a doença. Em Gravatal, também na Amurel, uma idosa morreu vítima da doença em 2019, todavia, a proliferação da raiva é considerada controlada pelos órgãos sanitários catarinenses.
Fonte: Engeplus