Cachaça do Conde inicia sua safra e esta aberta à visitação.
A Cachaça do Conde produzida em Orleans, na localidade de Barracão, com sabor inigualável, o produto já é conhecido por diversas regiões e faz sucesso em feiras e eventos.
Em 2014 deu-se origem a um projeto empreendedor. Henrique Perin Orben, juntamente com o sócio, Clodoaldo de Souza, resolveram se qualificar e investir no ramo da Cachaça.
Após um curso de especialização realizado em Minas Gerais, o empresário voltou para a comunidade de Barracão, onde reside e colocou em prática os ensinamentos.
Com uma técnica diferenciada, a empresa que iniciou produzindo 15 mil litros da bebida por ano, atualmente produz cerca de 40 mil litros e já é produto conhecido pelo estado, pela sua qualidade e sabor.
Produção qualificada
Atualmente a empresa conta com 10 hectares de plantação de cana. A intenção, no entanto, é logo aumentar para 12 e o objetivo é chegar em 20 hectares. Para dar conta de todo os trabalhos, três funcionários trabalham na roça no corte da cana e outros três são responsáveis pelo carregamento, moagem e limpeza. Quem supervisiona e destila a cachaça é Henrique, já que ele foi qualificado para a função.
O processo de fabricação é minucioso e feito com cuidado, que inicia ainda na roça com a colheita da cana, até os últimos detalhes técnicos. Conforme Orben, nenhum tipo de produto químico é utilizado no processo, além do fermento especialmente desenvolvido para a função. “É uma produção legitimamente artesanal. Nossa técnica é diferenciada e faz com que o resultado seja mais satisfatório.
A cana é trazida das plantações e moída, tendo os bagaços separados para utilização posterior. O caldo produzido após a moagem passa para uma decantação, onde todas as impurezas já são filtradas. O líquido, então é transferido para as dornas de fermentação.
Cada dorna de inox tem capacidade para 1,200 litros, sendo que 200 litros são ocupados pelo fermento que permanece no fundo do reservatório. Todo o líquido permanece no processo de fermentação por aproximadamente 24h, quando o brix do mosto zera e é encaminhado por gravidade ao processo destilagem.
Segundo Orben, na destilagem, o calor circula no destilador por aproximadamente quatro horas e, ao chegar aos 92 graus, o líquido começa a evaporar. “Ao subir e ter um choque com a água, esse vapor vai condensar e se transformar na legítima cachaça”, explica. O calor que faz o trabalho do alambique, diferentemente dos processos tradicionais, é trazido por meio de canos ligados a uma caldeira, onde são queimados os bagaços descartados.
Para ter uma melhor qualidade, a destilagem do líquido é separada em três partes: “cabeça”, “coração” e “calda”. “O primeiro é um álcool e o último é uma água fraca. Usamos apenas o coração, o que é 100% cachaça, pois dessa forma o resultado não causa bafo nem dor de cabeça. Acaba sendo uma bebida de melhor qualidade”, ressalta.
A cada 1.200 litros de caldo da cana colocados no processo, aproximadamente de 10 a 12% se transformam na bebida alcoólica comercializada. Todos os produtos são armazenados em um espaço por tempo indeterminado em pipas ou em barris de madeira, dividindo-se em cachaça branca tradicional, envelhecida em barril de carvalho, amburana e bálsamo.
Os interessados em conhecer o local e os detalhes da produção, podem entrar em contato com a empresa Cachaça do Conde, pelos telefones (48) 99941-1729 e (48) 99941-6373. O email cachacariaorben@gmail.com também está disponível.
Por: Gerciana Ascari – Imprensa News Sul