O grupo Mulheres em Código, ligado ao curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), está ministrando aulas de tecnologia para os alunos do ensino fundamental da Escola Samuel Sandrini, em Orleans. O serviço voluntário vem sendo feito todas as segundas-feiras, no período da manhã, pela acadêmica da primeira fase, Raquely de Moraes Ricardo, que completará 18 anos na próxima semana.
As aulas abrangem temas como programação básica, robótica, segurança na internet e uso de ferramentas digitais, buscando tornar o aprendizado divertido e acessível. A ideia do projeto é expandir para outras escolas da região, inspirando mais jovens e contribuindo para a formação de uma nova geração de profissionais de tecnologia, comprometidos com a inovação e a inclusão.
Para a acadêmica, os encontros com alunos é uma oportunidade de passar conhecimento. “Estou ensinando para aqueles que muitas vezes não têm como aprender por nunca terem tido contato com um computador ou a tecnologia em si”, analisou. Segundo ela, em sala de aula, aconteceram brincadeiras e os estudantes tiram dúvidas. “Sinto que realmente estou fazendo uma diferença. Uma oportunidade de somar e ajudar crianças a terem um pouquinho mais de conhecimento tecnológico”, diz.
O grupo Mulheres em Código, segundo o coordenador do curso de Sistemas de Informação e da Incubadora Inventa do Unibave, Nacim Miguel Francisco Júnior, é formado por acadêmicas de todas as fases do curso de Sistemas de Informação, com o objetivo principal de despertar o interesse dos jovens pela área de tecnologia, além de promover a inclusão digital e a igualdade de gênero no setor de TI.
Para Raquely, há um crescimento da participação de mulheres no setor de TI, mas a área ainda tem um domínio na participação masculina. “Vejo que tem um crescimento. Turmas que antes eram literalmente só homens, agora têm a presença de muitas mulheres. É uma evolução, querendo ou não”, comentou.