Sob a curadoria da arte educadora e diretora de Cultura de Orleans, Juliana Natal, a Fundação Cultura Criciúma (R. Cel. Pedro Benedet, 269, no centro), receberá de 17 de fevereiro (sábado) à 13 de março (quarta-feira) a exposição do artista plástico orleanense Leandro Jung intitulada Atento ao Tempo.
A mostra traz uma mensagem sobre as consequências das ações poluentes nas águas do Rio Palmeiras, localizado em sua cidade natal. O rio se une a outros até chegar ao oceano, na cidade de Laguna–SC, onde o artista reside atualmente. Se em tempos atrás o Rio Palmeiras possuía águas cristalinas, movia moinhos, irrigava plantações e nutria vidas, atualmente seu trajeto é marcado por contaminação e poluição. As águas de hoje não movem mais moinhos.
Para Juliana, “a ideia é uma reflexão aprofundada sobre as nossas atitudes com o meio ambiente, afinal de contas dependemos dele para a vida humana. Levar a arte do artista Leandro Jung à Fundação Cultural de Criciúma, é um meio de não apenas refletir, mas, de socialização cultural, desta maneira, alcançamos um objetivo maior, além da reflexão, à epifania, é um verdadeiro mergulho à expansão que nos leva à luz sagaz da amplitude de nossas complexidades mentais. É como o desvelar da natureza artística! Sinto-me honrada por ser curadora desta exposição ímpar criada pelo artista Leandro Jung e, fazer parte deste momento único, nesta galeria de renome, levando à cultura do nosso município, uma frase resume: Orgulho e Gratidão a todos”, diz.
“Estar atento é perceber as mudanças do tempo. O tempo, sob suas diversas dimensões, exerce influências sobre a experiência humana e a natureza. No âmbito histórico, o tempo é o tecido que conecta passado, presente e futuro, traz à memória uma relação com o rio perdida. As datas e períodos para a elaboração de cada produção artística são determinados pelo tempo cronológico. Além disso, o tempo meteorológico é expresso através das mudanças climáticas, dos efeitos da extração do carvão, do desmatamento e das queimadas na mata auxiliar. As relações entre o tempo histórico, cronológico e meteorológico deixam marcas e constituem produções artísticas”, diz Jung.