Na região Sul, onde esses produtores operam em sistema de integração e chegam a oferecer toda a produção para uma única empresa, perda de renda e medidas de controle de oferta, como redução da alimentação e do alojamento de animais, já são uma realidade.
“O que se está fazendo, na medida do possível, é reduzir a alimentação para atrasar o abate, mas vai chegar uma hora que vai sobrecarregar a indústria porque dependendo do tempo que ficar parado, teremos um grande número de animais disponíveis”, explica Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
O Estado teve uma unidade de abate de aves da JBS fechada em Ipumirim (SC) e redução da força de trabalho na BRF em Concórdia (SC), onde são abatidos 4 mil suínos diariamente.
Pequenos produtores
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor conta com 170 mil famílias de criadores de aves e suínos integradas às empresas do setor, em sua ampla maioria pequenos e médios produtores.
“O produtor tem sua renda baseada na entrega dos lotes e isso acaba atrapalhando a renda, além de gerar impacto emocional, pois todo dia ele vê aqueles animais ocupando o espaço que não deveriam mais estar ocupando”, conta Valdecir Luis Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS (ACSURS).