26 julho 2024 - 8:41
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Controle populacional do morcego da raiva pelo Departamento Regional da Cidasc de Tubarão

A atividade é realizada para diminuir as ocorrências de raiva bovina, com base nas instruções normativas, que definem os métodos de monitoramento de abrigos e controle populacional dos morcegos desta espécie.

O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Tubarão, em cumprimento às normas estabelecidas pelo Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal (Dedsa) da companhia, do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), efetuou, no dia 30 de abril, ações de monitoramento para controle populacional dos morcegos, da espécie Desmodus rotundus, conhecidos como morcegos hematófagos (morcegos vampiros).

A atividade é realizada para diminuir as ocorrências de raiva bovina, com base nas instruções normativas, que definem os métodos de monitoramento de abrigos e controle populacional dos morcegos desta espécie. A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso central, transmissível dos animais para humanos, de evolução fatal e não tem tratamento. Na área rural, o principal transmissor da raiva para herbívoros é o morcego hematófago.

O médico veterinário Agnaldo da Silva Serafim e os profissionais Gerson Barbosa da Rosa e Júlio Fortes Matos estiveram em visita aos locais previamente cadastrados no município de Sangão. Nas armadilhas instaladas foram capturados alguns espécimes do morcego hematófago, os quais foram submetidos à aplicação de pasta, intitulada “vampiricida”, cujo objetivo é manter o controle populacional. “Mais importante ainda que as ações de controle populacional, é a vacinação dos animais”, reforça Agnaldo, em alerta aos produtores rurais de Sangão, Treze de Maio e Jaguaruna.

Para o responsável pela área de Defesa Sanitária Animal do Departamento Regional da Cidasc de Tubarão, Guilherme Costa de Oliveira e Silva, é de suma importância o monitoramento da espécie, como forma de vigilância sanitária, e para evitar casos de raiva bovina na região. Guilherme destaca que “tão ou mais importante quanto a captura é a conscientização dos produtores em como agir para manter o seu plantel vacinado e nas providências a adotar em casos de mordedura. A Cidasc possui profissionais treinados para atuar em casos de captura. Portanto, o produtor deve evitar o contato com esses morcegos e informar à Cidasc sobre possíveis abrigos dessa espécie”. O morcego é um animal protegido por Lei, e somente órgãos oficiais têm a permissão de efetuar capturas.

A Cidasc atua em parceria com as Vigilâncias Epidemiológicas Municipais e com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), visando a promoção da saúde única em Santa Catarina. Diante dos riscos da transmissão da raiva dos herbívoros para humanos, a rápida intervenção é essencial. Sabrina Fernandes Cardoso, coordenadora Regional de Zoonoses da Dive, destaca a importância da comunicação recebida pela Cidasc de casos suspeitos e de oferecer atendimento imediato a produtores rurais e pessoas expostas à saliva de animais suspeitos. A colaboração entre a Cidasc e os órgãos de saúde reforça o compromisso com a prevenção e o controle da raiva no Estado.

A Cidasc reforça a orientação aos produtores para manterem em dia a vacinação de seus animais, uma medida que não apenas protege o rebanho, mas também resguarda a saúde humana. Abaixo, apresentamos algumas orientações sobre a aplicação da vacina.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação.

Animal nunca foi vacinado contra raiva:

  1. Vacine;
  2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
  3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
  4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

  1. Vacine;
  2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
  3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;
  4. Revacinar semestralmente.

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:

  1. Vacine agora;
  2. Revacinar semestralmente;

Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:

  1. Aguarde o prazo para vacinar.

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.

Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada semestralmente.

Notifique à Cidasc sempre que aparecer sintomatologia nervosa nos animais e nunca manipule animais suspeitos, porque existe o risco de contágio através da saliva.

Colaboração: Hélio Medeiros Leandro, Departamento Regional da Cidasc de Tubarão.

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