A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros em agosto. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (25) o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema de bandeiras. Com isso, será cobrado um adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos.
É a primeira vez desde outubro de 2024 que essa faixa mais cara é adotada. A medida foi tomada devido à redução nas chuvas e à queda no volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, o que exige o uso de usinas termelétricas, mais caras e poluentes, para garantir o fornecimento de energia.
Desde junho, o país já estava sob a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh. Agora, com o patamar 2, o custo extra quase dobra. A alta no preço da energia residencial foi um dos fatores que mais influenciaram o IPCA-15 de julho, com impacto de 0,12 ponto percentual no índice.
O motivo da bandeira 2, segundo a Aneel, é o baixo nível das chuvas, que diminui o reservatório das hidrelétricas e leva ao acionamento das termelétricas, que são mais caras.
Como funciona o sistema de cores
💡 O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.
💡 Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.
Saiba quanto custa cada bandeira
Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:
•🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
•🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
•🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
•🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
Com informações do NDmais e G1