A equipe técnica do ProFor Águas Unesc (Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense) realizou, na última semana, um trabalho de identificação das áreas prioritárias de revitalização da microbacia do rio Maior, em Urussanga. O diagnóstico compreende a etapa preliminar de um dos projetos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, em parceria com os poderes Executivo e Legislativo locais. A atividade contou com a participação do diretor da Diretoria de Meio Ambiente (DMA) do município, Márcio Moreira de Lima.
Na ação, foram verificados, in loco, dez pontos que necessitam de cuidado, por conta da falta de mata ciliar em combinação com atividades que ameaçam a qualidade dos cursos hídricos, como a presença de animais às margens do curso d’água. O diagnóstico socioambiental daquela região permitirá a adoção de políticas públicas de recuperação e conservação ambiental, uma vez que a área é estratégica para a captação de água futura do município.
Paralelamente, Urussanga também criará sua Política Municipal de Segurança Hídrica e Gestão das Águas, a fim de preservar seus mananciais hídricos, num segundo projeto nesse processo de parceria interinstitucional. “Neste primeiro momento, percorremos toda a extensão do rio Maior, da nascente até o percurso onde o manancial se encontra com o Rio Carvão”, explica o coordenador técnico do ProFor Águas, José Carlos Virtuoso.
Após o diagnóstico, a equipe deverá se reunir com os proprietários das áreas selecionadas e propor medidas para recuperação das matas ciliares em suas propriedades. Processo a ser desenvolvido contando com a implantação de um programa de PSA (Pagamento por Serviço Ambiental). Conforme Lima, a ideia consiste em deixar o rio 100% seguro. “Queremos desenvolver uma política, inclusive com pagamentos de serviços ambientais para que os agricultores e moradores da localidade possam atuar como protetores”, completa o gestor.
Ver que forças municipais estão com os olhares voltados para a preservação hídrica, na percepção do vice-presidente do Comitê Urussanga, Fernando Damian Preve Filho, é sinal de que as pautas levantadas pelo órgão estão sendo ouvidas. “Enquanto participantes desse processo, apoiamos fortemente a iniciativa. Esse manancial abastece o município e precisamos voltar nossa atenção para as suas necessidades. É necessário preservar hoje para que continue sendo utilizado no abastecimento”, frisa.
Também participaram da iniciativa, a analista ambiental e bióloga da DMA, Kelly Cristina Minotto, a técnica em Gestão Hídrica do ProFor Águas Unesc, que atua no Comitê Urussanga, Graziela Elias Zehnder; e a gestora ambiental do ProFor Águas, Ana Paula Matos.
Colaboração: Imprensa Comitê Urussanga