A China anunciou a implementação de cotas anuais para a importação de carne bovina de países estrangeiros, como forma de proteger sua cadeia produtiva interna, nesta quarta-feira (31) dezembro de 2025. A nova regra passa a valer a partir de primeiro de janeiro de 2026 e terá duração inicial de três anos, até dezembro de 2028.
A cota total de importações em 2026 será de 2,7 milhões de toneladas — volume inferior ao registrado nos primeiros 11 meses de 2025 e abaixo do recorde histórico de 2,87 milhões de toneladas compradas em 2024, Afirma o Ministério do Comércio chinês.
A expectativa é de que esse teto aumente gradualmente nos anos seguintes.
O Brasil terá a maior fatia da cota em 2026, com 1,1 milhão de toneladas autorizadas. No entanto, o número representa uma queda de 27% em relação ao volume exportado ao país asiático até novembro de 2025, que somou 1,52 milhão de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Além das cotas, o governo chinês introduziu uma tarifa adicional de 55% sobre qualquer volume que ultrapasse os limites estabelecidos. A sobretaxa afetará especialmente países da América Latina — incluindo Brasil, Argentina e Uruguai — e também outros grandes exportadores como Austrália e Estados Unidos.
Outros países latino-americanos sofrerão restrições importantes: a Argentina deverá ter uma cota equivalente à metade da brasileira, enquanto o Uruguai poderá exportar até 324 mil toneladas. A divisão por país ainda pode ser ajustada nos anos seguintes, conforme a demanda e acordos bilaterais.
A medida chinesa também coloca em debate a dependência do Brasil em relação ao mercado chinês.
Com informações do Agrolink – Aline Merladete

























