O número de casos de Covid-19 tem aumentado de forma desenfreada. Em Cocal do Sul, a situação não é diferente. Dados recentes apontam que no fim de semana passou de 70 o número de contaminados e já são 11 pessoas internadas em clínica no hospital. O número de casos confirmados desde o início da pandemia ultrapassa os dois mil e somam-se 28 óbitos no município. Apesar dos mais de 1900 casos curados, a situação está cada vez mais preocupante.
São inúmeras as ações que a administração municipal, por meio da Secretaria de Saúde tem buscado para barrar a força da contaminação do coronavírus, dentre elas o teste rápido em massa para detectar possíveis novos casos e combater a doença, testes que seguem disponíveis nas unidades de saúde. “Na testagem já é perguntado se a pessoa é sintomática e se ela tiver sintomas, é encaminhada para o Centro de Triagem”, relata o secretário de Saúde, Sidney Duarte de Oliveira.
A enfermeira Emília Búrigo, conta que na última semana o número de casos aumentou, além do número de testes do PCR, conhecido como teste do cotonete, e monitoramentos que são feitos nas pessoas positivadas e que aguardam pelo resultado do exame. “Acredito que esse aumento ainda é reflexo do Carnaval, além das praias lotadas; as pessoas não estão se cuidando, estão se aglomerando, vemos que nos mercados vão mais de um da família, as pessoas vão para a rua com criança, em vez de ir uma pessoa só no mercado, vai a família toda”, comenta.
Emília orienta as pessoas a se cuidarem. “Se precisarem sair, que vá apenas um membro da família, a situação está muito feia”, adverte. A Secretaria de Saúde está preocupada com o índice de aumento que vem acontecendo diariamente. “Os hospitais estão com poucos leitos nas clínicas e se a população não colaborar, seguindo os protocolos e não evitarem o contágio, vai ser um caos, não só no município mas também no mundo”, afirma o secretário de Saúde.
Já a responsável pela Vigilância Epidemiológica do município, a enfermeira Gilmara Viel, acredita que as pessoas passaram a deixar de se cuidar. “Fazemos um alerta para que todas as pessoas tomem os cuidados necessários, só saiam de casa se for necessário, as máscaras precisam ser lavadas diariamente, essas ações são de prevenção, cuidar com a higienização das mãos e locais onde toca, além do uso de álcool e máscara, desinfecção dos ambientes, evitar tocar nos olhos, nariz e boca, manter o distanciamento e o mais importante de tudo, evitar aglomeração e manter os ambientes limpos e ventilados”, orienta Gilmara.
*Nova variante veio mais forte*
A nova variante do coronavírus encontrada no Reino Unido tem preocupado os profissionais de saúde, devido ao alto potencial de transmissão. Segundo o Office for National Statistics (ONS) do Reino Unido, a nova cepa é diferente principalmente em relação ao paladar e olfato, onde menos pessoas com teste positivo perdem estes sentidos.
Apesar de os sintomas da doença serem similares aos do vírus inicial, como febre, tosse, dor de garganta, fadiga e dores musculares, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica conta que algo tem chamado a atenção dos profissionais em relação a isso no município. “Sabemos que a onda que veio agora, da nova variante, é muito mais forte e percebemos que os sintomas se agravam no final, ou seja, quando o paciente já está de alta eles pioram e muitos têm que ir para o hospital; vimos que o vírus está mais forte”, declara.