19 setembro 2025 - 1:35
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Municípios de Santa Catarina têm a melhor gestão fiscal do país

Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que analisa as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros em quatro indicadores, mostra que as cidades catarinenses registraram o melhor resultado médio do Brasil

A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que os municípios de Santa Catarina encerraram 2024 com a melhor gestão fiscal do país. O IFGF médio do estado alcançou 0,8787 ponto — 34,5% acima da média nacional (0,6531 ponto). Quase todas as cidades catarinenses terminaram o ano em situação fiscal boa ou excelente. Apenas quatro prefeituras (Anita Garibaldi, Penha, Pescaria Brava e Santo Amaro da Imperatriz), o equivalente a 1,5% do total, apresentaram cenário de dificuldade, e nenhuma cidade ficou em situação crítica.
“É fundamental considerarmos que o cenário está melhor por conta dos resultados econômicos de 2024 e de maior repasse de recursos, mas que isso pode não se repetir em outros momentos. Também é importante frisar que, mesmo com maior folga fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, evidenciando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe de patamar elevado de desenvolvimento”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto). No estado de Santa Catarina, foram avaliadas as contas de 269 municípios, que representam 94,3% da população estadual.
Na análise por indicadores, os municípios catarinenses apresentam excelente desempenho em todos os resultados. O IFGF Autonomia registrou 0,8840 ponto, o melhor do país, mostrando que a maioria das cidades tem elevada capacidade de gerar receitas próprias. Já em Gastos com Pessoal, a média foi de 0,9538 ponto — também a maior entre os estados — revelando baixo peso da folha no orçamento municipal. No indicador Liquidez, Santa Catarina registrou 0,8140 ponto, acima da média nacional (0,6689), enquanto o IFGF Investimentos ficou em 0,8630 ponto, também superior à média do Brasil (0,7043).
A capital, Florianópolis, encerrou 2024 com IFGF Geral de 0,6899 ponto (boa gestão), abaixo da média estadual, mas com nota máxima no indicador de Autonomia. Por outro lado, a capital ficou aquém, do restante do estado, nos indicadores de Gastos com Pessoal (0,5684), Liquidez (0,4919) e Investimentos (0,6994), ocupando a 20ª posição entre as 26 capitais avaliadas.

 

Cenário dos municípios brasileiros melhora diante de conjuntura econômica e

maior repasse de recursos, mas 36% deles ainda têm situação difícil ou crítica

Num contexto de conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos, o cenário fiscal das cidades brasileiras melhorou e, em média, registram 0,6531 ponto (boa situação) no IFGF. Porém, 36% delas – com 46 milhões de pessoas – ainda têm situação fiscal difícil ou crítica. As capitais Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), por exemplo, têm situação difícil. Vitória (ES) é a única capital a alcançar nota máxima no estudo.

“Mesmo com maior folga fiscal diante do cenário econômico e dos repasses de recursos, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, evidenciando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe de patamar elevado de desenvolvimento”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi registrado o total de R$ 177 bilhões de repasses em 2024. Caetano ressalta que as cidades precisam melhorar a geração de recursos para não continuarem tão dependentes de transferências.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, reforça que, diante do quadro geral apresentado pelo estudo, reformas são essenciais para tornar a gestão municipal mais eficiente para o desenvolvimento do país. “Entre os principais pontos que precisam ser considerados estão os critérios de distribuição de recursos, que necessitam de revisão para incluir regras que estimulem os gestores públicos a ampliarem a arrecadação local e que garantam qualidade no gasto público. A reforma administrativa para permitir a flexibilização do orçamento e a otimização das despesas de pessoal também é uma questão de extrema importância, além de outras que destacamos no estudo”, diz Goulart.

Acesse o IFGF em www.firjan.com.br/ifgf. Através desse link é possível consultar análise geral, dados específicos dos municípios e série histórica do estudo.

Libânia Nogueira
Assessora de Imprensa
Gerência de Imprensa e Conteúdo

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