A Juíza Bruna Canella Becker Búrigo, da 2ª Vara da Comarca de Orleans, julgou improcedente nesta quinta-feira, 22 de novembro, a denúncia do suposto crime de prática de corrupção passiva, e absolveu Mário Coan. Conforme documento anexo, veja link Autos n° XXX
A decisão se deu após a juíza Bruna Búrigo, analisar os autos de uma ação penal, impetrada pelo promotor de Justiça, Fernando Guilherme de Brito Ramos, da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Orleans.
Conforme a sentença, a magistrada afirma que “Analisando detidamente o conjunto probatório, tenho que pairam sérias dúvidas acerca da configuração do crime de corrupção passiva”.
Em outro trecho, a juíza revela que “o relato das testemunhas Marco Antonio Bertoncini Cascaes e Jacinto Redivo no sentido de que a vítima teria lhes contado quanto à ocorrência de tal crime praticado pelo acusado [Mário Coan], não possui isenção a ponto de ser considerado como uma prova sólida”.
A Juiza cita também em sua decisão o depoimento da viúva de “Cabelinho”, Adelir Caetano Souza, que afirmou, em sua oitiva, que na verdade eram Marco Antonio Bertoncini Cascaes e Jacinto Redivo que estariam pressioando seu marido.
“Ademais, pelos relatos trazidos pela esposa da vítima, tais pessoas seriam, justamente, as que estariam pressionando a vítima, informação que esta teria lhe confidenciado antes do falecimento”, escreve a magistrada na sentença.
Ainda conforme a juíza Bruna Búrigo lembra que o próprio delegado que presidiu o inquérito também não viu culpabilidade por parte de Coan.
“Pontue-se, a título informativo, que o delegado de Polícia que presidiu o inquérito, Dr. Bruno Sinibaldi, também deixou de indiciar o acusado, entendendo que não estavam presentes os requisitos suficientes e verossímeis a atribuir a responsabilidade pela autoria do delito ao acusado”, descreveu ela .
Clique para ler a decisão da Juiza Autos n° XXX
Na tarde desta sexta-feira (22), o vice-prefeito emitiu nota de esclarecimento sobre o caso, em sua rede social.
Leia na íntegra a nota abaixo
Fui surpreendido hoje com uma matéria claramente tendenciosa, denegrindo a minha imagem como pessoa e também como figura pública. Triste isso!
Não sou este tipo de pessoa. O povo conhece meu caráter e minha conduta ilibada. Minha vida é trabalho e família.
Sou professor universitário, gerente de empresa, vice-prefeito, diretor financeiro da ACIO e participante de diversas entidades e conselhos da sociedade, os quais sirvo voluntariamente.
Sei que é ano pré-eleitoral e existem interesses políticos envolvidos, mas entendo que estas notícias, nesta época tão importante para as famílias de um modo geral, tanto para a minha família, quanto para a família do Clésio, foram publicadas de maneira inconveniente e desumana, em claro desapreço aos valores que uma sociedade deve cultivar e em desrespeito à memória do Clésio! A veiculação desta notícia deve, novamente, fazer parte de um grande esquema político.
Imagino o que fizeram com o Clésio para ele ter que falar o que falou e praticar o ato que praticou. Estou de consciência tranquila frente aos fatos inverídicos veiculados. Vou assimilar mais este ataque à minha dignidade com muita serenidade.
Para que tentar me prejudicar? Minha vida é um livro aberto e desafio qualquer um a achar uma única ação na minha vida direcionada a prejudicar alguém. Somente defendi e continuo defendendo politicamente minha cidade de malfeitores. Isso eu não abro mão. E sei que incomodei e incomodo quem é desonesto.
Por fim, tenho confiança que, ao final, a justiça prevalecerá.